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Um remédio para a alma humana

Quinta-Feira, 29 de Maio de 2008 (16 anos atrás)
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Quais são e como se prevenir das doenças de inverno

Veja a foto ampliada
Dr. Tomás Cunha, Pediatra e Dr. Maurício Garcia, Otorrinolaringologista

As conhecidas “doenças de inverno”, comuns nesta época do ano, atingem com mais freqüência o aparelho respiratório. Seus alvos preferidos são as vias respiratórias superiores: o nariz, a garganta, os ouvidos e os pulmões. As mudanças de temperatura e de hábitos, provendo maior aglomeração de pessoas, favorece a disseminação das infecções que têm a via respiratória como meio de transmissão.

As pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas, como asma, enfisema e bronquite crônica apresentam maior susceptibilidade para tais infecções, assim como maior número de complicações nesta época.

Se tratadas adequadamente, essas doenças não têm maior gravidade, embora tragam grande desconforto. Mas, quando se complicam, podem levar a  internamentos. Por isso, é fundamental conhecer suas diferenças, ficar de olho nos sintomas e saber as formas de prevenção.

Segundo o Médico Otorrinolaringologista, Maurício Garcia, na chegada de dias mais frios aumentam os casos de gripes, resfriados, otites, pneumonias, dores-de-garganta, sinusites, renites, asmas e bronquites. “As variações de temperatura e o ar seco pioram as crises alérgicas. Crianças e idosos sofrem mais nesta época do ano”, fala Dr. Maurício.

Teorias
Existem teorias de que as pessoas, hoje, estão mais propensas a alergias devido ao excesso de cuidados com os filhos durante a infância. “As crianças não andam mais descalças, não se sujam tanto, não brincam na terra e isso vem baixando a imunidade delas, levando o indivíduo a ter uma maior propensão a certas doenças na fase adulta. Hoje, cerca de 25% das pessoas são alérgicas. Também os agrotóxicos nos alimentos e produtos químicos de limpeza ajudam a piorar este quadro”, explica Dr. Maurício. Com relação aos produtos de limpeza, segundo o médico, como matam a maioria dos germes e a pessoa não tem contato com estas bactérias, sua imunidade pode diminuir.

Vacina da gripe
A vacina contra a gripe é muito importante, de acordo com o Dr. Maurício Garcia. “Muita gente toma a vacina e fica gripado da mesma forma, mas isso acontece porque depois de tomar a vacina ela demora de dez a quinze dias para fazer efeito no organismo e neste período a pessoa pode pegar o vírus ou já estar com ele latente, daí desenvolve a doença e pensa que foi por conta da vacina”, conta o Otorrino. Outro detalhe da vacina, conta ele, é com relação a sua eficácia, pois o vírus da gripe modifica-se rapidamente. “O vírus é o influenza, mas existem várias modificações e algumas são resistentes à vacina”, explica Dr. Maurício.

Mel
Com relação ao que se tem divulgado a respeito do perigo de dar mel para as crianças pequenas, o Pediatra Tomás Cunha fala que desconhece casos de botulismo provenientes da ingestão de mel. “Não posso afirmar que mel faz bem ou mal, mas aqui em Medianeira nunca vi nem ouvi falar de algum caso de botulismo por conta do mel”, afirma o pediatra.

Crianças
Uma doença comum nesta região do Paraná é a bronquiolite, que atinge os pulmões das crianças entre zero e dois anos. É uma doença perigosa e, muitas vezes, leva ao internamento, podendo até ter a necessidade de internamento em UTI.
De acordo com Dr. Tomás Cunha, uma das formas de prevenção é a alimentação, pois a baixa temperatura da época faz com que a imunidade diminua, por isso que no frio ocorrem mais casos de gripes e resfriados. “Também a aglomeração de pessoas em ambientes fechados faz com que os vírus destas doenças proliferem com mais facilidade. Nesta região temos muitos problemas com asma, que nestes casos é desencadeada pelo clima frio e seco”, explica o pediatra.

Uso da toca
Um detalhe interessante, de acordo com Dr. Tomás, é que as mães, muitas vezes, colocam tocas nas crianças para que elas não fiquem com dor-de-ouvido. “Mas vale ressaltar que a dor-de-ouvido não acontece pelo ar frio que passa pelos ouvidos, mas sim pelo ar frio que entra pelas narinas”, conta o médico.
De acordo com o pediatra, roupas, mesmo limpas, que ficam muito tempo nos guarda-roupas, devem ser colocadas no sol antes de serem usadas, pois as bactérias e fungos que ficam nestas roupas podem acarretar laringites.

 

Dermatologista
Maria de Fátima Aguiar

O inverno é a estação mais fria do ano. Com a queda da temperatura, observa-se uma predisposição maior da pele a determinadas doenças e agravamento de certas dermatoses pré-existentes.
Entre as doenças que pioram no inverno, pode-se destacar os eczemas seborreico e atópico. O eczema seborreico ou dermatite seborreica é uma dermatite crônica que acomete áreas do corpo com muitas glândulas sebáceas com o couro cabeludo, orelha, pálpebra, dobras do nariz, boca, parte superior do tronco e dorso. No couro cabeludo inicia-se como a caspa, podendo evoluir para vermelhidão, irritação e crostas. O Eczema atópico é uma dermatose inflamatória comum, de caráter genético (herdada dos pais) que se manifesta cedo, durante a infância. Ela cursa com manchas irritadas, vermelhas que coçam muito deixando a criança irritada. Para abrandar os efeitos do inverno sobre estas doenças deve-se ter cuidados simples como: evitar banhos prolongados com água quente, não fazer uso excessivo de sabonetes, procurar usar cobertor e roupas de algodão, evitando lã e tecidos sintéticos. No caso dos atópicos aplicar cremes e loções hidratantes após o banho para reter umidade na pele. E os que apresentam dermatite seborreica devem usar protetor solar sempre oil free (não oleoso). É bom lembrar que mesmo no inverno não se deve esquecer de usar sempre protetor solar, mesmo nos dias nublados.

Fonte: Redação Nossa Folha

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